segunda-feira, 21 de março de 2016
No labirinto das ruas
Sob o cinza das madrugadas
Os pequenos sons que vem dos templos dos prédios
Um tango toca em uma janela
Um choro abafado escapa pelas frestas da porta
Vidas que continuam escondidas entre paredes.
Em algum quarto alguém escreve um último bilhete
Um cão vaga faminto
Na sarjeta um bêbado faz sua cama ao relento.
Algum corpo aguarda a descoberta de sua morte.
A madrugada é um outono
Alguns partem feito folhas desgarradas do galho ao vento
Outros renascem e brotam
No labirinto das ruas vazias...
Vou garimpando a cal para minha poesia.
Fabiano Brito
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