Uma Canção de amor - Infinito.
Ah! Amor meu
Pudesse eu te dizer
Dessa estranha solidão
Que de outras não se vale
Mas que só de ti tem fome.
Tua ausência é um mundo
É tudo que me falta
Taça vazia sobre a mesa
Ausência do pão que me nutre
Um rio que corre lento
Por saber que não existe mar.
Ah! Amor meu
Se ouvisses essa canção triste
Que invade os meus ouvidos
Que cala todos os outros sons a minha volta
E faz em minha vida
O silencio absoluto de todas as coisas.
Uma canção que se esvaia ao vento
E chama teu nome
Que fala que conta de nós
E escreve o que fomos
Junto de estrelas raras
No celeiro iluminado do firmamento.
Ah! Amor meu
Pudesses vê que sangro
Nessa morte lenta
Que é perde-te a cada dia mais
Onde o compasso do tempo
Leva-te a essa distancia
Que minhas preces não podes ouvir
Que não vês, que não sentes, que não presentes
Que aqui em mim
Guardo-te fechada
Em um cofre das coisas infinitas
Na sela das coisas imorredouras
Ah! Amor meu
Pudesses tocar em verdade
Tudo isso que digo
E nunca mais partir.
Fabiano Brito