E o escroque se disfarça
De anjo salvador da pátria
Vai as ruas, sobe nos palanques, fala ao povo
"Eu sou o cordeiro da salvação!"
Puro entre os puros
Diz o puto.
Ergue o braço, punho fechado
Enche o peito e grita
"É preciso matar o rei!"
E a audiência de chacais vibra
A turba branca, o cristal nas mãos,
Ensaiam um francês
"Mort au roi, Mort au roi!"
Esquecem na prateleira o velho livro de história.
Fabiano Brito
Nenhum comentário:
Postar um comentário