sábado, 19 de março de 2016

Cinquenta e três Hoje completo de tempo vivido Fora, as marcas aparentes, Cicatrizes, rugas, cabelos nevados, Óculos para ler... que longe ainda enxergo super bem E isso é algo bárbaro, na minha idade, ver longe Porque futuro esta sempre dentro de uma distancia! Compreendeu a vantagem de enxergar bem o longe? Enquanto for assim vejo futuro diante de mim E no futuro é onde moram os sonhos e habita a esperança. Cinquenta e três anos Mas reconheço uma alma bem imatura para a idade Que não perdeu a capacidade de construir castelos na areia, De conversar com estrelas, namorar a lua, De encantar-se com sol nascente, rosas no jardim, caminhar a beira mar, fazer comidinha ao pé do fogão... Que insiste em fazer poesia em meio a um mundo cor de cinza e duro como pedra. Que apesar de tudo olha o mundo Com olho de criança que vê o mar pela primeira vez... Este sempre foi o meu segredo de vida, Olhar a vida com o mesmo encanto Que mora na retina dos olhos de uma criança que vê o mar pela primeira vez... Obrigado meu pai Por meus cinquenta e três anos de vida, Com olhos que veem longe muito bem E essa alma encantada de criança que vê o mar pela primeira vez. Fabiano Brito

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